Exames físicos demonstraram que Semenya é tecnicamente uma intersexual. Os relatórios médicos indicaram que não tem ovários e que tem testículos internos, que produzem grandes quantidades de testosterona.
A presença de características masculinas e femininas representam um duro golpe a Semenya, que tem constantemente lutado contra observações sobre a sua aparência masculina durante toda a sua vida. Semenya tem dezoito anos e vem de uma remota aldeia no extremo norte da África do Sul.
A IAAF terá de decidir agora se fará uma nova medalha de ouro para a segunda qualificada, Janeth Jepkosgei do Kenya, pois considera que se "trata de um assunto médico e não de um caso de doping que seria batota deliberada". "Estes testes não sugerem nenhuma suspeição de uma conduta imprópria deliberada, mas apontam para uma condição médica que poderá dar a Semenya uma vantagem injusta sobre as outras corredoras. Não existe nenhuma desqualificação automática para casos similares".