Á margem do júri oficial, o Leão Gay foi atribuído a Tom Ford pela Associação Cultural Cinemarte, pelo filme que lhe serviu de estreia como director de cinema.
Se nos basearmos na sua qualidade como estilista, de certo A Single Man é um filme a não perder, que o diga Colin Firth, que desempenha o principal papel, na pele de um professor dos anos sessenta que perde o seu companheiro num acidente, e que num dia vê passar toda a sua vida num acesso suicida, provocado por um vida e uma dor que tem de ser vivida em silencio.
A conferência de imprensa, mais parecia a entrega dos prémios tal a ovação que Ford , Firth e Julianne Moore receberam.
Um conferencia de imprensa muito centrada nas perguntas sobre a temática Gay, onde houve espaço para se brincar mas também para transmitir mensagens politicas e sociais.
Tom Ford fez questão de dizer que o filme não é sobre o ser-se ou não Gay, mas sim sobre seres humanos, indiferente da sua orientação sexual, é um homem que perde o amor da sua vida de forma brutal, que tem de viver essa dor calado, tendo apenas a sua amiga (Julianne Moore) como confidente.
Firth, comenta que os Estados Unidos andaram para trás 50 anos, quando se faziam as filmagens na Califórnia, ironicamente ao mesmo tempo esse Estado aprovava uma lei que proibia o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Ford por sua vez lamentou que os EUA e outros países não tenham ainda o casamento civil acessível a todas as pessoas, indiferente da sua orientação sexual. Deu mesmo a sua relação como exemplo, esta com o seu companheiro á 23 anos mas só o pode visitar no hospital com uma autorização expressa, e assinada pelo próprio.
"A Single Man", é baseado no livro de Christopher Isherwood, que conta a história de um professor (Colin Firth) na Califórnia de 1962 que perde seu companheiro (Matthew Goode) em um acidente.
O Festival de Veneza termina amanha onde ficaremos a saber quem receberá o Leão de Ouro.