Dissemos ontem que este não foi um processo pacifico e, horas após a aprovação da lei que permite que casais do mesmo sexo possam oficializar a sua união com todos os direitos e deveres inerentes incluindo a parentalidade.
Enquanto na câmara de Paris juntamente com o presidente da camara, Bertrand Delanoë, se festejava a vitória de 331 votos pela igualdade contra 225 votos pela discriminação, do outro lado milhares de pessoas protestavam a aprovação de uma lei que definem como um atentado contra a família.
Claire Baron, mãe de dois filhos, 41 anos, diz que será uma opositora da lei até ao fim: "Eu vou continuar a ir aos protestos, a lei ainda não está em vigor, o Presidente da República deve ouvir as nossas vozes. Estamos aqui para defender os valores da família. Crianças precisam de um pai e uma mãe, afirmou.
E não estava sozinha no protesto: milhares em França manifestaram-se. E o protesto que inicialmente era para ser pacífico transformou-se numa batalha campal com carros vandalizados e agressões à polícia que teve de recorrer a gás lacrimogêneo para dispersar os tumultos. Vários elementos ligados à extrema direita foram detidos.
A ministra da justiça, Christiane Taubira, disse acreditar que o momento dos primeiros casamentos será um momento de alegria e os que hoje se opõe certamente serão absorvidos pela felicidade dos recém-casados e suas famílias.