A ONUSIDA diz que, criminalizando a homossexualidade, aumenta o estigma e a discriminação sobre os homossexuais, dificultando ainda mais a luta contra a SIDA na Índia. Em todo o mundo, só a África do Sul tem mais cidadãos infectados do que a Índia.
"Estamos preocupados com a detenção de homossexuais em Lucknow," disse Denis Broun, coordenador da ONUSIDA na Índia, acrescentando que a Índia tem de repelir "as leis arcaicas" do século 19 que banem a homossexualidade. "A criminalização de pessoas que estão em elevados riscos de infecção VIH pode aumentar o estigma e a discriminação, em última análise pode fomentar a epidemia da SIDA," disse ele.
A polícia de Lucknow disse que os homens detidos, na casa dos 30 anos, têm dezenas de membros no seu clube na internet. "Os membros encontrar-se-ão em locais públicos e privados e praticarão actos anti-naturais," disse o agente da polícia Ashutosh Pandley. Rejeita a ideia de libertar os homens.
A Naaz Foundation International para os direitos dos homossexuais, fez uma petição ao Supremo Tribunal da Índia para alterar a lei que bane a homossexualidade.
O governo contesta que a lei não pode ser alterada uma vez que a homossexualidade não é aceite pela sociedade Indiana. No entanto, a comissão de planeamento do governo, dirigida pelo Primeiro Ministro Manmohan Singh, recomendou recentemente a discriminalização da homossexualidade e prostituição de modo a ajudar na luta contra a VIH/SIDA.