O arcebispo de 82 anos já havia comparado a discriminação do Apartheid na África do Sul contra a qual lutou com as leis anti-gay. Quando a jornalista da NBC News Ann Curry lhe perguntou o porquê de ter escolhido os direitos gay como a base da sua campanha ele respondeu “Não fui eu que escolhi, fui escolhido. Não é uma escolha, uma pessoa não diz “eu escolho ser branco”. É um facto. A orientação sexual não é uma escolha.”
O antigo arcebispo da Igreja Anglicana da Cidade do Cabo e vencedor de um Prémio Nobel voltou a reiterar, tal como disse no ano passado, que se recusa a ir para um Céu homofóbico. “Tenho a certeza mais que absoluta que Deus não será homofóbico. Preferiria ir para o inferno do que para um céu homofóbico.” Ele descarta a possibilidade de utilização da Bíblia para atacar a homossexualidade dizendo “A Bíblia diz muitas coisas, coisas que eu não aceito de todo. A Bíblia é… a palavra de Deus, mas é a palavra de Deus através das palavras dos seres humanos.”
Ele acabou a entrevista a dizendo “Deus fica ali sentado a chorar, porque Deus diz ‘Sabem que mais? Vocês são todos meus filhos. Somos todos membros de uma família, a minha família. Quando é que vão aprender a viverem bem uns com os outros?”