Giuliani lançou segunda-feira um comité exploratório para uma eventual candidatura à nomeação republicana, numa altura em que todas as sondagens lhe dão vantagem sobre os outros presumíveis candidatos republicanos. O ex-mayor de Nova Iorque tem 24 por cento das intenções de voto, contra 18 por cento da secretária de Estado Condoleezza Rice e 17 por cento do senador John McCain, e está empatado nas intenções de voto (46 por cento) com a favorita à nomeação democrata, Hillary Clinton. Face a outros possíveis candidatos democratas, como o senador Barak Obama ou o ex-vice-presidente Al Gore, Giuliani é um claro favorito.
No entanto, e apesar da sua inegável popularidade, fruto do seu papel de liderança após os atentados do 11 de Setembro, a candidatura de Giuliani não é vista com muito bons olhos por parte da ala mais conservadora do Partido Republicano, face às suas posições liberais em questões como o aborto, o controlo das armas e os casamentos homossexuais. Apesar de todo o seu charme e das suas inquestionáveis capacidades de liderança, as suas opiniões pessoais fazem com que a sua candidatura seja inaceitável para o partido. Estão em causa os assuntos fundamentais da política do Partido Republicano o respeito pela vida e os valores familiares. Nesse sentido, a sua candidatura está morta à nascença, afirma a dirigente republicana Colleen Parro.
Pelo contrário, os apoiantes de Giuliani afirmam que as posições liberais são a sua grande arma eleitoral, uma vez que podem atrair muitos eleitores democratas, transformando-o numa espécie de candidato do centro, capaz de unir um país cada vez mais dividido.