Lita foi convocada pelo Concelho de Emigração (Migrationsverket) para comparecer a uma reunião preparatória para a sua repatriação. Não compareceu e sabe-se mediante contactos que anda escondida enquanto prepara novas bases para um apelo.
Numa das últimas conversas que teve com o site de notícias britânico PinkNews.co.uk, Lita pediu aos seus apoiantes para que a ajudem seja de que maneira fôr. Pode ser através de uma petição, através de cartas para as autoridades suecas, qualquer coisa!
Segundo Lita, enfrenta violência e a quase certa possibilidade de prisão se repatriada para a Rússia mas esta realidade é disputada pelas autoridades suecas.
Também argumenta que na aproximação inicial ao seu caso, foi tratada não como mulher trans mas como homem gay e, embora as diligências seguintes já tenham sido mais respeitosas e apropriadas acredita que o seu tratamento reflecte uma politicagem mesquinha por parte dos encarregados do seu caso ao não quererem aceitar que a vida de uma mulher trans na Rússia é perigosa ou que este perigo está entrelaçado com as atitudes estatais no referente a assuntos trans: e também acredita que ao fazerem uma aproximação inicial errada do seu caso, as autoridades estejam relutantes em reconhecerem que a sua decisão original estivesse errada.
Ulrika Westerlund, presidente da RFSL, a maior organização pelos direitos LGBT e uma das mais antigas a nível mundial, expressou as suas preocupações com Lita. O problema parece ser ambíguo. Primeiro, enquanto a Rússia não é um dos melhores sítios no referente aos direitos LGBT, está longe de ser o pior - e não é correntemente considerado como suficiente mau pelas autoridades de emigração suecas. É muito difícil para pessoas LGBT russas obterem asilo na Suécia, afirmou.
Segundo, é obvio que as autoridades suecas nem sempre compreendem os assuntos trans, o que pode ter contribuído para este caso. A situação das pessoas trans na Rússia é muito complicada - é difícil argumentar que é possível viver-se abertamente e com segurança como pessoa trans na Rússia. E a situação deteriora-se rapidamente nas cidades onde as leis contra a propaganda LGBT estão a vigorar.
Na semana passada Lita, escapou por pouco de ser capturada. Estava a viver com o namorado, Anton, perto de Vingåker. Na Terça feira passada, a polícia organizou uma emboscada e Anton foi capturado: encontra-se agora nas instalações prisionais de Flen e terá sido transferido para o aeroporto de Arlanda esta Quinta feira de onde já terá sido repatriado para a Rússia.
A seguir à sua fuga, Lita consegui informar que: Encontro-me em lugar seguro longe e continuarei a lutar. Aguardo ainda documentação adicional da Rússia e vou consultar peritos em asilos sobre os possíveis desenvolvimentos desta situação.