No Youth Study Center, a jovem de 16 anos foi colocada na unidade dos rapazes onde foi assediada por residentes e por pessoal do centro, apesar de uma ordem judicial para que a tratassem pelo seu nome escolhido.
Um grupo de direitos civis, a Lambda Legal, sediada em New York, apresentou uma queixa em seu nome à Commission on Human Relations alegando que durante ano e meio foi atacada fisicamente por outros residentes e abusada oralmente por trabalhadores do centro. Esta comissão pode reforçar as leis estatais anti-discriminação.
A jovem foi admitida no centro em Novembro de 2007. Em Janeiro de 2008, mediante uma avaliação psiquiátrica, foi diagnosticada com "gender identity disorder". No mês seguinte, o juiz Abram Frank Reynolds do Common Pleas Court ordenou que a jovem fosse tratada pelo seu nome feminino e que se referissem a ela sempre no feminino, autorizando também o DHS a fornecer-lhe uma terapia hormonal de retardamento da puberdade.
Segundo a queixa, os trabalhadores do Youth Study Center ignoraram a ordem judicial e amontoaram-se os abusos. Um alegadamente disse-lhe que enquanto tivesse genitália masculina se recusava a tratá-la pelo seu nome feminino. Ao pedir um soutien e collants, outro gritou-lhe e insultou-a e recusou-se a acomodá-la.
Apresentou várias queixas formais mas a administração não conseguiu (ou não quis) disciplinar os trabalhadores.
Os outros residentes insultaram-na, chamando-a de "gay" e "a wannabe girl". Quando requeriu protecção aos empregados, o assédio escalou passando a incluir abusos físicos pelos outros residentes. Apesar de repetidamente pedir para ser colocada na unidade das raparigas, permaneceu na unidade masculina onde era ameaçada. Só foi autorizada a dormir uma única noite na unidade feminina, que foi a única em que dormiu sem medo de ser assediada e abusada.
Como resultado, a jovem entrou em depressão e sofre de uma "severa disfunção emocional", segundo a queixa.
"Procuramos que a comissão investigue a causa e que tome as medidas apropriadas para acabar com a discriminação e o assédio contra jovens lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros" afirmou Flor Bermudez, advogada da Lambda Legal.