O assessor de imprensa da escola, Bruno Tenório, afirmou que o dito wc é uma reivindicação da comunidade trans por “No banheiro dos homens, elas não querem entrar. No feminino, tinha um constrangimento. Aí fizemos um específico para elas, mas que qualquer pessoa pode entrar. Queremos ser uma escola para todos.”

O governo do estado do Rio de Janeiro, numa nota oficial, classificou a medida como discriminatória.

A Unidos da Tijuca é a actual campeã do carnaval do Rio, e a mais adorada pela comunidade LGBTTI brasileira.

A escola inaugura o seu novo espaço no próximo dia 8, que custou cerca de RS$ 1 milhão, com a participação do deputado federal Fernando Gabeira (PV). É nestas instalações que se situa o novo e polémico wc.

Cláudio Nascimento, coordenador do programa Rio sem Homofobia já classificou a decisão da escola como “um grande absurdo, preconceito e, ao mesmo tempo, uma confusão conceitual".

Segundo Cláudio, trata-se de “sinalização seríssima de preconceito que pode chegar a violação aos direitos humanos. Uma idéia de apartheid carnavalesco. Em épocas do passado recente, era a segregação racial, agora a teremos a inauguraração da segregação ao homossexual?”

Afirmou ainda que “Essa proposta exclui, estigmatiza, extrapola o bom senso e estimula a homofobia, cristalizando uma idéia de segregação, além de retornar a períodos eugenistas de tratar a sexualidade com medidas sanitaristas. Lembram na década de 80, do surgimento da categoria ‘grupo de risco’?”