Esta é a principal conclusão de uma sondagem publicada no Jornal Público e realizada pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (Cesop) da Universidade Católica Portuguesa, a pedido das federações dos institutos religiosos. 42 por cento não sabe que existem religiosos na Igreja Católica, 58% não sabe o que significam as palavras Frade ou freira, irmão ou irmã neste contexto.Os trabalhos de campo decorreram entre 31 de Janeiro e 8 de Fevereiro último, com 1530 inquiridos, escolhidos de forma aleatória em 24 freguesias do continente. Entre as respostas válidas, mais de 70 por cento dizem que concordam "pouco" ou "nada" com a afirmação de que os religiosos vivem "em espírito de pobreza" - contra quase 29 por cento que pensa que eles vivem "muito" ou "bastante" esse espírito. Em relação à castidade, 53 por cento consideram que os religiosos a vivem "pouco" ou "nada" - contra 46 por cento com opinião contrária. O estilo de vida de frades e freiras merece ainda outras considerações. Um total de 70 por cento diz que eles trabalham "muito" ou "bastante" "ao serviço dos mais necessitados"; e 80 por cento pensa que eles fazem "com que Jesus Cristo seja mais conhecido". Finalmente, entre as atitudes de que as pessoas mais gostaram entre os religiosos e religiosas com quem contactaram estão a disponibilidade para ajudar os outros, a boa formação humana e a atitude de acolhimento, com valores entre os 20 por cento e os 18 por cento. E o que menos gostaram de ver os inquiridos, entre os frades e as freiras? Com valores entre os 19,6 e os 16,4 por cento, as três queixas principais são as "ideias pouco actualizadas", a "intransigência, rigidez e autoritarismo" e as "dificuldades em compreender o nosso tempo".
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