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Quinta-feira, 29 Setembro 2016 21:53

DESPORTO
Brian Anderson, lenda do skateboard, afirma-se homossexual



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Brian Anderson, que ganhou o prestigiado "Trasher” como sendo o melhor skater do ano e também o Campeonato do Mundo de Skateboarding em 1990, abriu-se ao mundo revelando a sua orientação sexual.

DESPORTO: Brian Anderson, lenda do skateboard, afirma-se homossexual

O antigo Toy Machine e fundador da Skateboarders 3D é o tema de um documentário Vice Sports realizado por Giovanni Reda, que questionou Brian Anderson sobre a sua experiência como um homem homossexual na comunidade de skate e porquê que ele esperou tanto tempo para falar abertamente aos média sobre a sua orientação sexual. Anderson disse que já tinha falado em privado com amigos e colegas, incluindo o Alex Olson da fundador Bianca Chandon e o editor da Thrasher, Jake Phelps, mas tinha evitado abordar a questão publicamente até recentemente. No melhor estilo de Phelps, o editor terá comentado a notícia com o seguinte:

Gay como o quê? Quem se importa? O que isso importa? Que se f*** a sua crise sexual! Quem quer saber? Jake Phelps, Trasher Mag

Se bem que Phelps esteja-se nas tintas, a verdade é que as pessoas deviam preocupar-se com a decisão corajosa de BA de afirmar publicamente quem ele realmente é, e a razão é simples: o Skateboarding como a maioria dos desportos, é um ambiente hiper-masculino. Alex Olson falou no passado sobre como se tinha sentido quando a comunidade de skaters o tinha rotulado como feminino devido ao seu fascínio pelo look dos anos 70s e por ter uma afinidade para a música disco. A alienação de comportamentos que são percebidos como fora do ideal masculino homogeneíza a comunidade de skaters e, ao mesmo tempo, empurra os skaters gays para o armário. A Toy Machine foi a primeira equipa a promover uma mulher, Elissa Steamer, na sua lista profissional e o seu editor Ed Templeton não tem nenhum problema em ter Anderson como primeira figura gay proeminente do desporto. Como Guy Mariano diz no final do documentário, Anderson já é considerado um super-herói para a comunidade skater. A sua decisão se assumir terá pouco impacto sobre as opiniões dos seus pares e esperam que os seus fãs e admiradores sintam o mesmo.

Anderson foi sempre muito directo-ao-assunto quer em cima da tábua quer no resto da sua vida e nunca voltou as costas a um desafio. Ele até refere que muita desta atitude de ousadia deve-se à sua vergonha internalizada e frustração por não se poder realizar sexualmente. Esta sua decisão de se abrir perante o público é um marco na história do skateboarding ao normalizar um orientação sexual para uma nova geração de skaters gays que até agora não sabiam que um dos seus grandes ídolos era como eles e, simultaneamente, ao forçar a comunidade skater em geral a reconhecer a sua homofobia e preconceito. Anderson já indicou que vai continuar a sua carreira profissional como skater.

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