Doutora Maria José Magalhães, investigadora na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, e também presidente a Associação UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta), foi quem abriu as hostilidades numa apresentação que veio desde o início do ativismo feminista, até aos dias de hoje.
Falou-nos de um processo que não foi fácil para ninguém relatando quando, talvez pela primeira vez, uma mulher subiu a um palco de um congresso partidário para apresentar uma proposta não consegue sequer falar uma palavra de um conjunto de quatro linhas, pelo simples fato de os seus colegas de partido, homens, estarem a tapear e a assobiar entre outras manifestação de má conduta e educação.
Estávamos no início da década de 80 do século XX, e tudo isto passou-se no MÊS Movimento Esquerda Socialista, e foi aqui que se deu o clic que nos falou Maria José, e que a levou a ser talvez das mais conhecidas ativistas feministas em Portugal.
Entre inúmeras curiosidades que nos apresentou, uma delas mereceu da nossa parte destaque, quando naquilo que identificou como sendo a segunda vaga do feminismo, no pós guerra, França consegue alterar a lei do aborto com 300 assinaturas, e na mesma altura as mulheres portuguesas com 3000 não foram capazes da mesma "proeza" para o nosso país.
Curiosidades à parte, este ciclo de conferências continua hoje, com o tema, Uma sociedade incapaz; Acessibilidade: Para Todos ou Só para Alguns?, dinamizada por David Peres, pessoa portadora de deficiência e que de certo saberá melhor que ninguém falar-nos das dificuldades que uma pessoa portadora de deficiência encontra no espaço social.
É hoje às 21 horas uma vez mais no espaço do Salão Nobre da Junta de Freguesia de Massarelos.
Conhece as outras conferências em: www.portugalgay.pt/agenda/270612XJ/ .