Competição de Longas-Metragens - Melhor Filme: Lingua Franca, de Isabel Sandoval (EUA, Filipinas, 2019)
O Júri da Competição de Longas-Metragens, composto por André Tecedeiro e Joana Ascenção, atribuiu o Prémio para a Melhor Longa-Metragem desta edição a Lingua Franca (EUA, Filipinas, 2019) , de Isabel Sandoval, um prémio no valor de 1000€ oferecido pela Associação Variações. Segundo o Júri, “Premiamos Lingua Franca, de Isabel Sandoval, pela singularidade e subtileza com que retrata uma realidade de vulnerabilidade e resistência, num contexto contemporâneo extremamente adverso.”
Competição de Documentários - Melhor Filme: Toutes les Vies de Kojin, de Diako Yazdani (França, 2019)
O Júri da Competição de Documentários, composto por Catarina Alves Costa, Margarida Mercês de Mello e Paulo Pascoal, decidiu atribuir o Prémio de Melhor Documentário ao filme Toutes les Vies de Kojin (França, 2019), realizado por Diako Yazdani, um prémio no valor de 3000€ atribuído pela RTP2, pela compra dos direitos de exibição do filme neste canal. Segundo o Júri: “Toutes les Vies de Kojin, de Diako Yazdani, oferece-nos um olhar humano sobre uma realidade que só a cumplicidade com quem está atrás da câmara pode revelar. O lugar da fragilidade imposta, filmada com empatia e força.”
Competição de Curtas-Metragens - Melhor Filme : Quebramar, de Cris Lyra (Brasil, 2019); Menção Especial: Aline, de Simon Guélat (França, Suíça, 2019)
O Júri da Competição de Curtas-Metragens, composto por José Magro, Ricardo Barbosa e Rita Natálio, decidiu atribuir o Prémio de Melhor Curta-Metragem ao filme Quebramar (Brasil, 2019), realizado por Cris Lyra. Segundo o Júri: "Pelo mergulho no cuidado comunitário e reparador que conecta as vidas de jovens lésbicas de São Paulo. Um filme líquido atravessado pelas ocupações das escolas secundárias em 2015, pelo candomblé, pela música, pela ternura, e também pelo luto face a um Brasil despedaçado pela sua história política mais recente e pela violência colonial e racista que marca a sua fundação histórica."
O mesmo Júri atribuiu uma Menção Especial a Aline (França, Suíça, 2019), realizado por Simon Guélat. O Júri atribui o prémio a este filme "pela desconstrução das histórias amorosas tendencialmente heteronormativas que ocupam o imaginário da literatura clássica, e pela celebração de um amor que escusa rótulos. Uma ficção esteticamente irrepreensível, sobre a liberdade e a urgência de finais felizes."
Competição In My Shorts - Melhor Filme: Why do I Feel Like a Boy?, de Kateřina Turečková (República Checa, 2019)
O mesmo Júri avaliou também a Competição In My Shorts, onde decidiu atribuir o Prémio de Melhor Filme de Escola Europeia à curta-metragem Why do I Feel Like a Boy? (República Checa, 2019), realizado por Kateřina Turečková. Sobre o filme o Júri disse: "Pela coragem deste filme, que aqui é o veículo para que o protagonista possa experimentar o seu desejo de viver uma vida, um corpo e um lugar que não os seus. Em nome do júri, agradecemos ao protagonista, Ben, pela determinação de contar a sua história, e pela vontade de a concretizar num contexto onde todos lhe dizem o contrário."
Competição Queer Art - Melhor Filme: Santos, de Alejo Fraile (Argentina, 2019); Menção Especial: Hiding in the Lights, de Katrina Daschner (Áustria, Itália, Espanha, Alemanha, 2020)
Por sua vez, o Júri da Competição Queer Art, composto por Hugo Diniz, Sérgio Braz d'Almeida e Sónia Baptista, decidiu atribuir o Prémio de Melhor Filme Queer Art a Santos (Argentina, 2019), realizado por Alejo Fraile. O Júri decidiu premiar o filme "pelo lado experimental e disruptivo da sua construção narrativa e pela pertinência de abordar de forma sensível o urgente tema da transexualidade no seio familiar."
O mesmo Júri atribuiu ainda uma Menção Especial a Hiding in the Lights, de Katrina Daschner (Áustria, Itália, Espanha, Alemanha, 2020), "pela sua exímia abordagem estética e formal.”
Num ano de dificuldades acrescidas devido à situação de pandemia, o Queer Lisboa salienta a grande afluência de público, confirmando assim a vontade por parte dos espectadores em continuar a celebrar o cinema queer de forma presencial e também a crucial importância dos festivais de cinema, contrariando os números das salas de cinema comerciais.
Foram também anunciadas as datas do Queer Lisboa 25, que terá lugar de 17 a 25 de setembro de 2021.
Não me vou pronunciar sobre este palmarés, pois não vi nenhum dos filmes premiados, mas pelo que me posso aperceber estará na linha de conta dos palmarés dos anos anteriores, o que até certo ponto me desagrada...mas isso é aminha opinião pessoal - "eles" é que sabem...