Um casal homossexual foi atacado por um indivíduo quando aguardavam por transporte numa paragem de autocarro junto da Torre Montparnasse. O agressor gritou "o certo é o fim" referindo-se ao fim das pessoas homossexuais, enquanto atacava os dois tendo-os deixado em mau estado perante as testemunhas que nada fizeram para impedir o ataque.
A Inter-LGBT que tomou conta do acontecimento e que está a prestar apoio ao casal, manifestou o seu agrado pela rapidez das autoridades, uma vez que o agressor foi detido e presente ao juiz num curto espaço de tempo. Mas ao mesmo tempo não deixa de chamar atenção para o fato de este tipo de ataques serem cada vez mais frequentes desde 2012. As chamadas para o SOS Homofobia, uma linha de apoio dirigida a ataques e bullying homofóbico, mais que duplicaram nos últimos seis meses desse ano e de lá para cá a escalada de violência tem sido constante.
Idênticos eventos foram registados em Lille, Paris, Marselha e Rouen mas não só. Insultos anti-semitas e homofóbicos foram grafitados nas paredes de vários bairros de Toulouse há algumas semanas atrás.
Por tudo isto a Inter-LGBT acusa diretamente os líderes dos grupos que designa de "reacionários" e que desenvolveram campanhas contra o casamento para todos de contribuírem para a banalização do discurso homofóbico e de serem "incentivadores do ódio".
A Inter-LGBT exige acção por parte dos políticos que acusa de serem "cúmplices desta escalada de violência" pelo seu silêncio.
Diz ainda a Inter-LGBT que é inaceitável que tais atos continuem a ocorrer num país que tem como lema os princípios da "liberdade, igualdade e fraternidade".