Something Must Break, de Ester Martin Bergsmark, centra-se na história de amor entre o andrógino Sebastian, e Andreas, que afirma não ser gay. O filme explora todos os conflitos que surgem da situação, e de uma atracção que é mais forte que os papéis de género. Bergsmark não é estranha ao tema do transgenerismo e da ambiguidade de género, tendo sido esse o tema de She Male Snails, documentário de Bergsmark exibido na passada edição do Queer Lisboa. Este ano, a realizadora estará presente para falar-nos sobre o seu filme, que passa às 22h00 no Cinema São Jorge. Daniel Pinheiro, realizador de Neo Joe Pop, estará também presente na sessão de Curtas 5, que além deste vídeo exibirá também Linda, Uma História Horrível, de Bruno Gularte Barreto, Pride, de Pavel V. Vesnakov, Simple, de Markus Wende, e This is the Way, de Giaccomo Abbruzzese.
A secção Queer Art apresenta Lion, de Daniel McIntyre, uma colecção de sete curtas-metragens que exploram numa linguagem experimental e num registo autobiográfico, o desastre de Chernobyl, dissecando a natureza da radiação e da memória. McIntyre, que organiza este ano a festa Birkenrock para o Queer Lisboa, estará presente na sessão. Ainda na secção Queer Art, Before The Last Curtain Falls explora as vidas de seis transsexuais nos seus sessentas e setentas, enquanto actuam no que será talvez o seu último espectáculo, o Gardenia do conceituado coreografo belga Alain Platel. Em complemento a este documentário, é exibida a curta Episode From the Movie: “Sex, Medicated, Rock and Roll”, com a presença do realizador Anatoly Belov.
O WIP – Work in Progress, lançado o ano passado pelo Queer Lisboa, pretende ser uma plataforma para o lançamento de novos projectos na área do audiovisual. Lançado no Queer Lisboa 17, Barba Rija é uma websérie da autoria de André Murraças. Hoje será estreado, na Sala Montepio, às 18h30, o último episódio desta série sobre o quotidiano de três “bears”. Já os Silly Season vêm apresentar o projecto de Grande Plano, que pretende desafiar as fronteiras da relação entre espectador e objecto artístico, procurando novos colaboradores para a sua concretização, e cujo resultado final será estreado no Queer Lisboa em 2015.
Finalmente, Pink Flamingos, de John Waters, será a última estreia desta retrospectiva. A competição da personagem de Divine, musa e actriz fetiche de Waters, com uma outra família pelo título de pessoas mais perversas do mundo, depressa conhece uma escalada de proporções escatológicas, dando origem a uma cena final que conferiu a Pink Flamingos o estatuto de filme de culto.
