Na mesa para nos falar do seu trabalho com a prostituição, Drª Cecília Eira; Mariana Lemos, e Drª Alexandra Oliveira.
Estas três protagonistas tem trabalho distinto desenvolvido junto desta população, nomeadamente no plano da saúde, a Drª Cecília desenvolve um projecto regional de seu nome Auto-estima, e que pretende sensibilizar estas/es profissionais do sexo, para os cuidados a ter com a saúde. Um trabalho que teve incido na cidade de Matosinhos, mas que hoje já vai ate Famalicão com teve oportunidade de nos dizer a Drª Cecília Eira.
Por sua vez, Mariana lemos, bailarina de formação, desenvolve um trabalho com as prostitutas do Intendente, que pretende que elas, as prostitutas, descubram o seu corpo através da dança. Os movimentos dessa dança, são tão amplos ou limitados como são as capacidades de mobilidade de cada uma das protagonistas. Este trabalho, como é obvio elevará também a auto confiança dos intervenientes, e já conseguiu alguma dessa auto-confiança levando um grupo pequeno de profissionais do sexo que fazem parte deste programa, que se chama IR, a manifestarem-se na manifestação mundial MayDay do ano passado em Lisboa, transportando consigo o dizer, Não ao preconceito; Sim à pessoa. Espera-se agora que no próximo MayDay se apresentem também no Porto um grupo de profissionais do sexo, elas também profissionais precárias, sem direitos, e ou regalias.
Por último, a Drª Alexandra Oliveira, que tem trabalho escrito sobre a prostituição, fez uma apresentação mais académica das necessidades que sentiu que as profissionais do sexo sentem.
Aproveitando a apresentação de Mariana Lemos, a Drª Alexandra realçou que se uma prostituta é descriminada pela sua actividade profissional, é ainda mais se for emigrante. Adiantou ainda que falta legislar sobre esta actividade, não regulamentar, dizia, porque estas pessoas já são suficientemente discriminadas, mas sim legalizar esta actividade.
O debate foi aberto depois ás pessoas na assistência, que completavam a sala do terceiro piso, do Clube Literário do Porto, e as questões andaram sobre a experiencia que tinham nesta ou naquela matéria, mas destacamos apenas uma questão a mesa foi unânime em concordar.
Disse um dos espectadores que era preciso haver uma cara, um rosto que se identifica-se com a prostituição e que avança-se com a sensibilização dos média para um maior cuidado na linguística, nas reportagens, e que esse rosto fosse também interventivo no sentido politico na luta por melhores condições sociais desta facção da sociedade.
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