Ravi, de 20 anos, foi considerado culpado por um júri em março de intimidação, invasão de privacidade, e tentativa de encobrir a situação, ao usar o seu portátil para transmitir secretamente um encontro íntimo entre o seu companheiro de quarto de Rutgers, Tyler Clementi, e um outro homem há dois anos. O caloiro, de 18 anos de idade, cometeu suicídio saltando da George Washington Bridge em 22 de setembro de 2010, dias depois de tomar conhecimento da divulgação das imagens.
A pena poderia ir até 10 anos de prisão, mas a sentença pediu apenas 30 dias de prisão, com 3 anos de liberdade condicional, 300 dias de serviço comunitário e o donativo de 10'000 USD a organizações que lutam contra a discriminação.
E se a maioria dos envolvidos nunca pensou realmente na pena máxima de 10 anos, a verdade é que muitos ficaram surpreendidos pela pela leve que foi aplicada.
O grupo Garden State Equality reagiu: "Falamos publicamente contra a pena máxima de 10 anos de prisão e a deportação. Isso teria sido vingança acima da punição e ultrapassaria o enviar de uma mensagem para o resto da sociedade", disse em comunicado, Steven Goldstein, presidente da associação de New Jersey. Mas também clarifica que a possibilidade de Ravi sair em liberdade não era aceitável, e que consideram que esta pena "está mais próxima deste extremo que o outro. Isto não foi apenas uma brincadeira de miúdos que correu mal".
No veredicto, o júri considerou que Ravi não foi movido por ódio ou preconceito, mas que Clementi as terá entendido como tal. Mas na realidade já houve penas muito mais severas em situações de acidentes de tráfego em que jovens vão distraídos a enviar mensagens de texto no momento do acidente, resultado em mortes, o que deixou muitos desconfortáveis com a situação.
Pouco depois do suicídio Tyler Clementi o estado de New Jersey aprovou um novo conjunto de leis contra o bullying.