São cada vez mais os militares homossexuais que concluem que a sua orientação sexual embora não seja tema de conversa aberta nas casernas, é do conhecimento geral e acaba por não afectar de forma alguma a sua vida militar. Num ambiente em que a vida de cada um está em risco no dia-a-dia há mais preocupação e respeito pelo trabalho de cada um do que com a sua vida privada. Não será alheia a esta nova forma de ver a orientação sexual o facto de haver um novo grupo de soldados que tem uma visão diferente da homossexualidade na sua vida civil e transporta essa abertura para a instituição militar.
A situação vivida por muitos destes militares contrasta com a posição oficial da actual política "don't ask, don't tell" em que ao ser do conhecimento geral que alguém é gay ou lésbica essa pessoa pode ser sumariamente expulsa das fileiras. E, em geral, o ambiente militar continua a ser opressivo para homossexuais.
Mas começam a surgir grupos informais de soldados gays e lésbicas especialmente na Internet quer em sistemas de conversação online quer mesmo em sites de encontros dirigidos à comunidade LGBT.
Recentemente um especialista em árabe foi suspenso ao ser descoberta a sua orientação sexual, mas ao contrário do que era comum o seu processo de expulsão foi sendo adiado sucessivamente e passadas algumas semanas foi chamado novamente ao serviço como se nada se tivesse passado.
A questão é ainda mais premente neste momento, com o Congresso a preparar uma série de audições às altas patentes militares para tentar ultrapassar a lei "don't ask, don't tell" num processo iniciado pelo presidente Barack Obama mas que ainda pode levar largos meses a ser concluído.
Em Portugal não há nenhuma posição oficial de exclusão baseada na orientação sexual dos militares desde há alguns anos.