A declaração foi feita pelo diretor do Programa Nacional para Infeção VIH/Sida, António Diniz. Esta medida pretende ter um papel profilático na cadeia de transmissão do vírus. Estudos vários provam que o risco de transmissão por uma pessoa a fazer terapia a longo prazo é muito reduzida ou chega mesmo a zero.
Por norma os hospitais portugueses apenas iniciavam a terapia quando a contagem de CD4 (indicador de qual o estado do sistema imunológico) era igual e ou inferior a 500, ou quando a carga viral fosse muito elevada.
Com 30 mil utentes registados no nosso país, o Serviço Nacional de Saúde contabilizou um gasto terapêutico em 2014 no valor de 204 milhões de euros, e esta nova política levará a uma renegociação intensa nos valores atribuídos pelas farmacêuticas aos fármacos.
No entanto o PortugalGay tem conhecimento que são várias as ocasiões em que há algumas restrições na entrega dos medicamentos retrovirais nos hospitais. Há relatos de algumas unidades terem limitado a entrega da medicação, que tem de ser tomada impreterivelmente todos os dias, para apenas um mês ou mesmo de duas em duas semanas. Estes prazos curtos correspondem a problemas adicionais para os utentes (e custos acrescidos) e são normalmente justificadas com as restrições orçamentais impostas pelo governo.