Segundo as palavras de Nicolás Cotugno, As crianças não podem ser utilizadas como instrumentos para a reivindicação dos direitos de algumas pessoas, de um grupo; nem a adoção é uma instituição que possa ser regida por critérios de conveniência política.
Como em outras situações a Igreja prefere fechar os olhos a toda a evidência científica realizada durante décadas onde é demonstrado que a adopção por casais homossexuais em nada prejudica as crianças, antes pelo contrário: os casais de lésbicas até foram indicados como sendo em geral melhores pais que os casais em geral. Desta forma a Igreja nega a muitas destas crianças a possibilidade de serem adoptadas num ambiente familiar adequado.
E assim o bispo fala que estas adopções discriminam as crianças, causando-lhes sérios danos, já que podem ser adotadas por pais naturais e conclui as crianças não precisam somente de alimento e carinho, mas sobretudo de formação e projecção como pessoas em uma família natural.
Também ignorando toda a investigação científica que põe por terra os papeis tradicionais de mãe e pai e que coloca o foco em haver dedicação e amor por parte do educadores a Igreja volta a tentar recalcar o argumento "natural" e "natureza humana" tal como o fizeram no passado primeiro os defensores da escravatura e depois os que eram contra direitos básicos das mulheres como o voto e direito ao trabalho (e muitos ainda o fazem hoje em dia).
A nova lei em apreciação acelera os prazos de adopção, e abre a adopção a casais em união de facto, incluindo casais do mesmo sexo.