A campanha chega a Portugal depois de um demorado processo de negociação, concluído graças à persistência de Isabel Moura, portuguesa que reside em Rouen, no norte de França, que acabou por se envolver no processo depois da sua filha de 15 anos ter sido seleccionada para aparecer num dos filmes. "Perguntei quais eram os países em que estava previsto passar e quando vi que incluíam todos menos Portugal não consegui resistir", disse a emigrante à Lusa. Retomou então os contactos que a produtora dos filmes, a Tribé K, havia iniciado com a SOS Crianças, mas foi finalmente através da SIC, da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) e da Portugal Telecom, que forneceu um número verde, que a campanha avançou. "Não desisti porque não achei possível que não se passasse uma campanha destas com os problemas que existem em Portugal", afirmou, referindo-se ao escândalo de pedofilia da Casa Pia, que envolve alunos e ex-alunos, funcionários e figuras públicas. Nos filmes são encenadas situações onde existe abuso sexual de menores, com gravações em locais neutros, para que possam ser reconhecidos nos vários países.
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