As polémicas afirmações foram feitas na passada sexta-feira numa missa transmitida pela televisão oficial espanhola (TVE) e não ficou só pela cura... também associou a homossexualidade com prostituição e corrupção de menores considerando que é um "inferno".
E para aumentar lenha para a fogueira, fez uma entrevista para o portal "Religión en Libertad" em que disse que se referia à "chamada ideologia de género e suas sucessivas mutações" e que, segundo o Bispo, tem como objetivo negar a diferença sexual entre o homem e a mulher e que defenderia que as diferenças "da identidade sexual seriam um produto da cultura, uma decisão pessoa construída em função de desejos e apetites subjectivos". E explica a sua preocupação com as crianças que "são convidadas a questionar a sua identidade sexual" e, até mesmo, instadas a verificar quais as suas "preferências sexuais". Concluindo que "alguns caem na armadilha" e que em consequência "estão sofrendo e destruição, coloquialmente um 'inferno' nas suas vidas."
Mas Reig Plà salvaguarda que Igreja Católica "ensina que eles [pessoas homossexuais] devem ser acolhidos com respeito, compaixão e sensibilidade" e que deve ser evitado "qualquer sinal de discriminação injusta".
E apresenta a sua solução para as pessoas homossexuais indicando que muitos casos "podem ser resolvido positivamente, com a terapêutica adequada, especialmente se a prática de atos homossexuais não foi enraizada", acrescentando que "com a ajuda da graça de Deus, acompanhamento de sacerdotes, catequistas, assistentes e, quando apropriado, por profissionais, pessoas com mesmo sexo, orientação pode viver em castidade".
A sua homilia televisiva foi dirigida "aquelas pessoas levadas por tantas ideologias que acabam por não orientar bem para a sexualidade humana. Pensam desde crianças que se sentem atraídos por pessoas do mesmo sexo e, às vezes, para o verificarem se corrompem e prostituem. Asseguro-vos que encontram o inferno."
A Confederação Espanhola das Associações de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgéneros e Transexuais (colegas), que reúne 32 grupos, disse que "a liberdade de expressão não é um bar aberto para o insulto e a promoção ao ódio de quem é diferente". A Igreja Católica não pode continuar a usar a Constituição como "um anteparo permanente que lhe permitem promover a segregação e a discriminação com posições já há muito superadas pela sociedade".