O filme inserido na grande estrutura de betão, era visível por um orifício: dois homens a beijarem-se. O problema é que segundo um turista dinamarquês um dos protagonistas originais do vídeo é alguém conhecido por ser racista e homofóbico.
O memorial situa-se mesmo em frente ás 2711 lajes de betão que homenageiam os judeus europeus assassinados durante o Holocausto na zona da famosa Brandenburger Tor.
No início deste ano um turista dinamarquês visitou o espaço e depois de visionar o vídeo denunciou à revista alemã “Siegessäule” que um dos protagonistas era Jim Lyngvild, um designer dinamarquês, que o turista denunciou como uma pessoa homofóbica, sexista e racista. Lyngvild vive num castelo Viking de madeira com o marido Morten Paulsen desde 2007. Lyngvild é amigo do fundador do Partido do Povo, de ideologia de direita, que tem no seu status como sendo anti-gay, anti-igualdade. Na Dinamarca quando foi feita referência à amizade entre Lyngvild e o fundador do partido, Lyngvild terá dito “Eu também não gosto de homossexuais”, terá ainda adiantado, “não gosto quando dizem, que são homosseuxais, e por isso tem de ser respeitados".
Lyngvild nega todas as acusações sobre a sua ligação com o partido, diz que apenas é amigo pessoal do fundador e isso faz parte da sua vida pessoal. Em 2013 Lyngvild devia fazer parte do júri do Mr Gay Copenhaga mas depois de usar a expressão "bøssekarle" a oferta para o lugar foi retirada, "bøssekarle" em calão dinamarquês tem a tradução próxima de “maricas”.
Elmgreen & Dragset, responsáveis pelo vídeo mostraram-se chocados e os responsáveis pelo monumento, a Fundação para a Memória dos Judeus Assassinados da Europa, trocaram o mesmo.
Agora pode ver-se, enquanto não é decidido que filme colocar em definitivo, casais do mesmo sexo, masculinos e femininos a beijarem-se.
A ideia inicial dos criadores do vídeo, Elmgreen & Dragset, era que de dois em dois anos o vídeo muda-se com a finalidade de tornar o monumento dinâmico, talvez agora quase 10 anos depois da inauguração, isso aconteça.