Yeo Wai-wai, diretor da comissão organizadora da Parada do Orgulho de Hong Kong, acusou a polícia de informá-los no último minuto - e não no mês habitual de antecedência - deixando os organizadores com muito pouco tempo para manter contato com os convidados, muitos deles diplomatas eminentes. Também há um sentimento de preocupação com a possibilidade de eventos políticos pacíficos poderem ser proibidos pelas autoridades arbitrariamente.
A polícia está reprimindo a liberdade.
Minorias sexuais não são excepção.
Estamos aqui, somos queer, nunca iremos desaparecer!
(We are here, we are queer, we will never disapeer!) Yeo Wai-wai, Pride Hong Kong
A marcha estava programado para este sábado, co-organizada pela Association of Transgender Rights, Gay Harmony, Les Corner Empowerment Association, Rainbow Hong Kong and Pridelab. Pessoas gays, lésbicas, bissexuais e transgéneras, além de seus aliados, tinham planeado fazer um percurso de cerca de 4 km junto à baía de Hong Kong. Mas, de acordo com o South China Morning Post, a polícia informou os organizadores na quinta-feira que só permitiria uma reunião no local previsto para o final da marcha, citando possíveis problemas em outras áreas, no meio de violentos distúrbios que têm sido registados na cidade nos últimos meses.
Esta é a primeira vez que as autoridades proíbem a marcha que teve início em 2008 com cerca de 1000 pessoas, em 2010 não houve marcha por problemas de organização, e no ano passado terão participado mais de 12'000 pessoas, incluindo legisladores e chefes de consulados, muitas agitando bandeiras do arco-íris enquanto marchavam. As marchas têm tido um caracter pacífico mas festivo, com várias drags mas também muitas máscaras usadas por muitos que não querem revelar a sua condição LGBT+ aos familiares e colegas de trabalho. Mas agora serão afetados por uma proibição de utilização de máscaras em público, decretada pelo governo ao invocar uma lei de emergência em outubro, para impedir manifestantes anti-governamentais.