Os advogados dos réus convocaram 80 depoimentos para o julgamento, mas como muitas das testemunhas são comuns a vários deles, na prática, cerca de 40 pessoas serão ouvidas.
O julgamento decorre a portas fechadas desde 3 de julho. Os menores, com idades entre 15 e 16 anos, são acusados de tentativa de homicídio com dolo eventual - o que significa que segundo o ministério público eles sabiam que suas acções poderiam resultar na morte de Gisberto, mas não tinham a intenção de matá-lo. Seis deles respondem também à acusação de tentativa de profanação de cadáver.
Na sessão desta sexta, foram ouvidas seis testemunhas de defesa de um dos jovens: sua mãe, vizinhos e amigos. Entre segunda e quarta, o julgamento prossegue com os depoimentos das testemunhas dos demais acusados. Segundo fonte ouvida pela Agência Lusa, as considerações finais - que também ocorrerão a portas fechadas - serão feitas ainda neste mês, assim como a leitura da sentença, que deve ser a única parte pública do julgamento.
Gisberta Salce Júnior, de 46 anos, morreu em fevereiro, após sofrer várias agressões. O seu corpo foi encontrado no poço de um edifício inacabado, no Porto. Segundo a perícia médico-legal, morreu por afogamento e as lesões infligidas não eram fatais.