Qarase disse nesta quarta-feira, 13/4, que ele não pretende derrubar a lei que prevê mais de 14 anos de prisão para quem for pego fazendo sexo homossexual. O governo de Fiji está sob intensa pressão para derrubar a lei depois que um turista australiano e um nativo terem sido condenados a dois anos de prisão por fazer sexo. O casal foi solto nesta semana sob fiança após apelarem na Justiça. Em entrevista a uma emissora de rádio, Qarase disse que a Bíblia diz que a homossexualidade é pecado e que a lei de Fiji reflete essa realidade. Ele também acusou os homens de cometerem pornografia. Thomas Maxwell McCoskar, 55, e Dhirendra Nadan, 23, foram presos após admitirem terem cometido ofensa anti-natural e comportamento indecente. McCoskar disse que queria apenas divertir-se após acabar de se aposentar. O juiz disse que o comportamento era tão nojento que daria vontade de vomitar em qualquer pessoa decente e ainda que o professor deveria ter ficado na Austrália e não ir expolrar garotos em Fiji. Os advogados do casal argumentaram que as sentenças eram inconstitucionais. O caso gerou protestos de grupos de militância locais e internacionais. Na última segunda-feira, 11/4, gays australianos protestaram em frente ao consulado de Fiji em Sydney. Os manifestantes pediam que o governo da Austrália se envolvesse na questão. A entidade norte-americana Human Rights Watch também criticou a prisão do casal, dizendo que ela violava princípios internacionais.
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