Koering, que admitiu ser a favor de um plebiscito para proibir o casamento entre pessoas do mesmo sexo, afirmou que sabe que é gay desde sua adolescência. O político, de 40 anos, também é empresário e ex-produtor de leite e acredita que a revelação não modifica a sua filosofia conservadora básica. "Sempre achei que a minha vida pessoal era apenas isso, pessoal", disse Koering. "Mas nos últimos dois meses, houve um aumento gradual das suapeitas. E, a seguir, com o meu voto da semana passada (rompendo com os republicanos em uma decisão sobre a emenda), foi gerada uma onda de perguntas". Segundo Koering, todos já sabiam que ele era gay. "A minha decisão de me revelar publicamente permite que eu responda a todas as perguntas que precisam ser respondidas... Espero deixar este episódio para trás até o final da semana e retomar o trabalho pelo qual o meu distrito me paga", afirmou o senador. Mas Koering também admitiu que a sua carreira política pode estar em perigo e que espera ser pressionado tanto pelos ativistas que lutam pelos direitos dos gays, que vêem a sua vida e as suas idéias como inconsistentes, quanto pelos conservadores que consideram a homossexualidade um pecado. "Certamente não estou numa posição confortável. Não importa o que eu fizer de agora em diante, sempre haverá alguém com raiva de mim", declarou Koering. "Mas para mim esse trabalho não é nenhuma questão de vida ou morte. Eu adoro a atividade política, tenho sorte em exercê-la, concorri por ela três vezes em sete anos. Mas se não conseguir retornar, a vida seguirá em frente". O Instituto Victory de Fundos e Lideranças Gays e Lésbicas classificou o senador como o quarto político eleito em Minnesota a assumir sua homossexualidade. Em agosto do ano passado, o governador de Nova Jersey, James E. McGreevey, assumiu que era gay em discurso na TV.