A proposta de lei foi apresentada no início deste ano pelo primeiro-ministro Joseph Muscat, um forte defensor da igualdade LGBT. Ontem a proposta foi a votos no Parlamento e aprovada quase por unanimidade neste país que é visto como extremamente tradicional e religioso, e que só em 2014 aprovou o reconhecimento legal de uniões civis de casais do mesmo sexo, praticamente igual ao casamento excepto no nome e incluindo adopção plena.
Além de abrir o casamento a casais de gays e lésbicas a legislação, tal como aconteceu em Portugal em 2010, também altera na legislação termos como "marido e mulher" e vai mais longe ao ajustar "mãe e pai" para "progenitores".
Apenas um dos 67 deputados votou contra a lei: o deputado nacionalista Edwin Vassallo, embora o seu próprio partido tenha votado a favor da lei. E não é de admirar: em 2015 mais de 60% da população estava a favor desta alteração legal neste país que mudou de mentalidades rapidamente, basta recordar que em 2012, 52% eram contra.
Malta tem ainda leis restritivas no que toca a reprodução medicamente assistida, mas o governo já anunciou que tem planos "para breve" de alterar a situação.