A publicidade dirigida à comunidade gay e lésbica atraiu mais investimento no último ano, nos Estados Unidos. Dados da empresa Rivendell Media e da agência Prime Access mostram que o crescimento de publicidade destinada a este mercado, principalmente em publicações gay, foi de 28,4%, atingindo os 207 milhões de dólares. No entanto, o crescimento não ficou por aqui, com os anúncios em que se identificavam conteúdos especificamente gay a subirem 241,9%, face a 2003. O estudo, intitulado Gay Press Report 2004, detectou ainda que 150 das 500 marcas mais fortes nos EUA estão activas neste mercado. Em 2001 eram apenas 72 e em 1994 19. A força deste mercado chega também ao mundo online, já que uma recente pesquisa detectou uma subida significativa no investimento deste tipo de publicidade digital. As previsões da Rivendell e Prime Access apontam para que o poder de compra da comunidade gay, lésbica, bissexual e transexual, chegue aos 610 mil milhões de dólares, já em 2005, sendo que as suas preferências e lealdade vão para os produtos de marca que apostam em publicidade que lhes é dirigida. A explicação do relatório para este crescimento é simples. A partir de Fevereiro de 2004 os casamentos homossexuais foram legalizados em dois Estados e duas cidades norte-americanas, levando os publicitários a serem céleres na colocação de anúncios na imprensa gay e lésbica. Os alvos preferenciais, com 14,9% de todos os anúncios, foram a categoria dos Serviços, como advogados e contabilistas, e a da alimentação, com 14%, o que inclui bares, clubes e restaurantes. Com menos de 5% do total de publicidade estiveram as categorias de serviços telefónicos com 9,7%, imobiliário com 9,2% saúde e bem estar com 8,1%, serviços profissionais com 7,1%, arte e entertenimento com 6,9% e viagens com 6,9%. Os géneros de imprensa escolhidos pelos anunciantes também variaram, tendo as publicações locais recolhido as preferências dos anunciantes, já que os jornais locais foram o meio preferido para 58,6% dos espaços publicitários, enquanto as revistas locais atraíram 20,4%. Os guias sobre entertenimento surgem em terceiro lugar, com 18% dos espaços de publicidade. Por outro lado, as publicações de âmbito nacional recolheram apenas 2,7% dos anúncios.