Os dados do estudo encomendado pelo governo foram publicados pelo Jornal Crítica de Argentina. Foram realizadas 800 entrevistas nas cidades de Buenos Aires, Mendoza, Tucumán, Rosario, San Miguel de Tucumán e Córdoba no final do ano passado mas o governo não divulgou os resultados de forma oficial.
Uns expressivos 66% mostraram-se a favor da igualdade no casamento civil para gays e lésbicas.
Dos que se auto-identificaram por católicos, 57% mostram-se contra a posição da Igreja em relação ao tema. Nos ateus o apoio do casamento civil para gays e lésbicas chega aos 91%.
A questão está em discussão no poder legislativo do país e mais de 50'000 pessoas manifestaram-se no passado sábado nas ruas da capital a favor da igualdade no casamento civil mas o governo não parece estar interessado na alteração tendo protelado sucessivas vezes a questão.
Um dado surpreendente é que 45% dos inquiridos na cidade de Buenos Aires, que tem uma lei específica de parceria civil, acreditava que o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo já era reconhecido em todo o país.
Em relação à co-adopção a questão divide metade/metade os inquiridos. No entanto a iniciativa recolhe apoio da maioria das pessoas casadas com filhos assim como das pessoas entre 21 e 45 anos.
Quase 90% dos inquiridos não tinham consciência que a adopção singular já é permitida a pessoas homossexuais e apenas a co-adopção é negada. Ao serem informados desta realidade os resultados mudam: 50% mostra-se a favor da co-adopção e apenas 23% contra.
Em termos de pessoas transexuais, 67% apoiam a alteração de nome legal e 76% que sejam permitidas operações de reassignação de sexo.