A publicação refere que a praia seria um local de sedução entre homens, algo que o Clube Naturista do Algarve desmente.
"A Federação Portuguesa de Naturistas diz que não aconselha a praia porque tem mau ambiente, mas isso é falso. Nunca vi ninguém que se metesse comigo. "O que é grave é que a Federação Portuguesa de Naturismo seja preconceituosa e tenha ideias erradas. Nessa praia não há escândalos e não podemos discriminar em função de raças, cores ou orientações sexuais, afirma Maria Emília Paiva, directora do Clube Naturista do Algarve.
O "não" da FPN foi apoiado pelo parecer negativo de uma unidade hoteleira que dista perto de mil metros da praia (Hotel Praínha Clube) dizendo que era "mau para o negócio.
Maria Emília Paiva comenta que é ridícula a mentalidade dos hoteleiros que não conseguem ver outras oportunidades de turismo". Não compreendemos por que temos de estar confinados a buracos. Nós somos seres normais, não somos maluquinhos. Porque é que nos enfiam em sítios escondidos sem acessos, sem casas de banho e sem comida?, adianta.
Já Rui Martins, presidente da Federação Portuguesa de Naturismo, justifica-se indicando que aquilo é uma praia de utilização tudo menos familiar e, portanto, nós não gostamos muito de misturar o naturismo nem gostamos que o naturismo esteja misturado com outras práticas que não temos nada a ver com elas. Completando que "uma praia que é utilizada para práticas sexuais para nós não é uma praia com espírito familiar, nem com espírito naturista.
O argumento não convence no entanto os naturistas algarvios que prometem não baixar os braços e encetar inclusive providências jurídicas contra a Federação Nacional.