Até há uma semana atrás a questão do casamento entre pessoas do mesmo sexo não era propriamente um ponto alto na pré-campanha para as eleições presidenciais de Novembro.
Tudo começou com o vice-presidente Joe Biden a dizer este domingo numa entrevista que estava "completamente a vontade" com a ideia de "homens casarem com homens, mulheres com mulheres e homem com mulher" e partilharem todos os direitos e deveres associados. O caos instalou-se na Casa Branca e um porta-voz veio a público de alguma forma dizer que não seria bem isso que Biden queria dizer e que o Vice e Obama "estavam em sintonia". O problema é que as últimas declarações de Obama sobre o assunto é que a sua posição estava a "evoluir"... e todos os media punham a questão: se Biden já "evoluiu" o que se passa com o presidente?
E os media passaram ao ataque: aproveitaram todas as oportunidades que tiveram para questionar os membros da administração sobre qual a sua posição sobre o assunto. Logo no dia seguinte o secretário da educação Arne Duncan foi claro a responder: "Yes, I do".
E agora foi a vez do próprio presidente responder: "Ao longo de vários anos tenho conversado com amigos, familiares e vizinhos quando penso sobre os membros da minha própria equipa de funcionários que estão em relações incrivelmente dedicadas e monogâmicas com pessoas do mesmo sexo, que estão criando filhos juntos, quando eu penso sobre esses soldados ou aviadores ou fuzileiros e marinheiros que estão lá fora a combater em meu nome e ainda se sentem constrangidos, mesmo agora que a Don't Ask, Don't Tell terminou, porque não têm a opção de se comprometer num casamento, a certa altura acabei por concluir que, para mim, pessoalmente, é importante avançar e afirmar que eu acho que casais do mesmo sexo devem ter o direito de se casarem."