Segundo a Rádio Universitária do Minho, o colectivo Braga Fora do Armário não vai apoiar o EuroPride em 2022 a que Portugal se candidatou. Em causa o desvirtuar dos eventos como a marcha que irá ser realizada já este sábado na cidade.
A poucos dias da VII Marcha pelos direitos LGBT em Braga, Pedro Godinho, uma das vozes do colectivo é claro:
Não temos nada contra eventos que dêem visibilidade. Há espaço e as pessoas identificam-se, mas o problema é a forma como tem sido feito e o que conhecemos lá de fora. Para onde o EuroPride entrou, uma das coisas que aconteceu foi deixar de existir movimento LGBT independente da forma que existia Pedro Godinho, Braga Fora do Armário
Pedro Godinho recorda que o sistema acaba por tornar os colectivos em algo que "não seja demasiado perigoso e reivindicativo" e dá o exemplo do Dia Internacional da Mulher, que começou pela luta pelos direitos das mulheres, mas que "hoje em dia se transformou num dia de tudo e mais alguma coisa, como promoções e jantares".
O movimento alerta também que o governo está "interessado em promover o turismo LGBT servindo associações comerciais", e que o evento é promovido assim de tudo como um evento turístico, mas as marchas não podem ser eventos turísticos com tanto que ainda há para fazer.
[As Marchas LGBT] têm de ser momentos de reivindicação e de luta, por isso o Braga Fora do Armário não vai apoiar. Pedro Godinho, Braga Fora do Armário
Segundo a rádio, o caso não é único no país, e há vários movimentos que não vão integrar o evento caso o mesmo aconteça em Portugal dentro de três anos.
A VII Marcha pelos direitos LGBT em Braga acontece este sábado, dia 8, sob o lema "Combater a opressão, Niguém larga a mão!", e tem como ponto de encontro o Arco da Porta Nova pelas 16:30, o PortugalGay.pt esteve presente na edição do ano passado, confiram aqui as fotos.