David Touger entregou esta sexta-feira uma notificação no Supremo Tribunal de Nova Iorque onde afirma a intenção de recorrer à "defesa psiquiátrica", ou "falta de responsabilidade criminal devido a doença mental", que o juiz terá ainda de aprovar.
Segundo o advogado "a única coisa que é preciso provar nessa defesa é que, no momento em que os atos de que é acusado foram cometidos, ele estava sob efeito de doença ou defeito mental" e que "não tinha consciência dos seus atos".
O advogado também poderia ter optado por uma "pertubação emocional extrema" que, a ser bem sucedida, poderia até reduzir a pena para 15 anos de prisão, mas não seguiu esse caminho.
A tática de "defesa psiquiátrica" tem dois gumes: por um lado é, efectivamente, prova suficiente para livrar Renato Seabra de uma prisão de 25 anos a perpétua. Mas esta prova de "inocência" tem o seu preço: no caso de ser provado Renato Seabra será internado numa instituição de saúde mental provavelmente para toda a vida.
Mas não será tarefa simples provar que Renato Seabra, de 22 anos, não tinha consciência dos seus atos tendo em conta a forma brutal como asfixiou, pontapeou e mutilou Carlos Castro, de 65 anos, no dia 7 de Janeiro de 2011 num quarto de hotel em Nova Iorque durante mais de uma hora. Depois disto o modelo ficou no quarto ainda durante várias horas para ao final da tarde sair impecavelmente vestido para passear.