A empresa de publicidade Adshell removeu os 45 anúncios passado uma semana de terem sido colocados em paragens de autocarro em Brisbane, capital do estado australiano de Queensland.
Michael O'Brian o promotor da campanha é direto relativamente às razões da remoção: "foi uma forma infeliz de dizerem que são homofóbicos" e uma contra-campanha iniciou-se quer no Facebook quer com demonstrações na rua.
Face à polémica a empresa de publicidade justificou-se emitindo um comunicado em que dizia "A decisão de remover a publicidade foi tomada com base no elevado número de reclamações que recebemos".
Mas, entretanto, a empresa voltou atrás na decisão dizendo que as reclamações foram originadas numa organização cristã e os cartazes estão visíveis nas ruas novamente desde ontem.
Note-se que a publicidade em causa foi paga à Adsense pela Queensland Association for Healthy Communities como qualquer anunciante o faria.
Wendy Francis, do Australian Christian Lobby, justifica-se: "eles estão a segurar um preservativo, como tal estão prontos para fazerem sexo. E eu, simplesmente, não quero ter de explicar isto a crianças pequenas", e defende-se dizendo que se fosse um casal heterossexual teriam exatamente a mesma atitude.
No ano passado Francis pediu desculpas publicamente depois de equiparar o casamento entre pessoas do mesmo sexo com a legalização do abuso sexual de menores no seu Tweeter.
O diretor da Healthy Communities, uma ONG que dá apoio na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e educação sexual, Paul Martin responde dizendo que a ACL pretende que as pessoas homossexuais "sejam apagadas da vida pública". E completa que é um pequeno grupo de pessoas que estão muito bem organizados mas que a "esmagadora maioria dos cidadãos de Queensland apoiam os direitos de gays e lésbicas".
Relatos indicam que terão sido necessárias apenas cerca de 30 reclamações para a Adshell tomar a decisão inicial de remover os cartazes. Por outro lado a página do Facebook contra a remoção já reuniu mais de 80'000 aderentes.
Hoje, alguns dos cartazes foram vandalizados com frases como "matem-nos a todos".