O Tribunal ouviu, ontem, os argumentos de vários especialistas para avalaiar o pedido de retirada do mercado do fármaco.As audições surgem no âmbito de uma providência cautelar requerida pela Associação Mulheres em Acção (AMA), que consdiera existir, com a venda daquele fármaco, violação dos direitos das adolescentes à informação e à saúde. Para a AMA, "milhares de raparigas com menos de 16 anos estão a tomar o medicamento (autorizado pelo Infarmed) sem conhecerem os riscos que isso implica".
Este pedido surge na sequência de uma comparação, feita pela associação, do mesmo medicamento à venda noutros países. Permitiu verificar que, em "Portugal, os folhetos do medicamento não vinham com as mesmas contra-indicações".
A decisão de adiara a decisão foi contestada por Alexandra Tété, dirigente da AMA, "porque se trata de uma questão de saúde pública, cuja resolução não deve ser" protelada. Na opinião reiterada pela activista, o fármaco deve apenas ser vendido com receita médica".