Segundo McCain os militares dos EUA poderiam perder efectivos, especialmente no que toca aos fuzileiros.
"Nós mandamos esses jovens para o combate", disse McCain. "Achamos que eles são maduros o suficiente para lutar e morrer. Eu acho que eles estão maduros o suficiente para fazer um julgamento sobre quem eles querem servir e com o impacto na sua eficácia de batalha".
O Secretário da Defesa, Robert Gates, foi directo na resposta. "E você vai perguntar-lhes se eles querem missões de 15 meses? Você vai perguntar-lhes se eles querem sair do Iraque? Essa não é a forma como as nossas forças militares que sempre foram geridas pelos civis funcionaram em toda a nossa história ", disse Gates.
McCain, um republicano no senado há quatro mandatos e ex-piloto da Marinha que sofreu uma experiência traumática como prisioneiro de guerra durante a Guerra do Vietnã, assumiu uma maior visibilidade social sobre questões polémicas desde que perdeu a corrida presidencial de 2008 contra Barack Obama. Ele vai mesmo contra a sua esposa, Cindy, que num recente vídeo online se opôs à política militar e acusou o governo de tratar os homossexuais como "cidadãos de segunda classe".
O debate legislativo sobre o fim da Don't Ask, Don't Tell tornou-se mais urgente depois de vários processos na justiça terem avançado e ser possível em breve que a lei seja derrubada por via judicial. O pentágono fez um extenso estudo junto das fileiras para tentar descobrir de que forma a aplicação desta medida iria ou não afectar a capacidade de resposta das tropas. A conclusão do estudo foi que a medida não teria efeitos negativos a médio e longo prazo.
Entre os dados do estudo, 92 por cento das tropas que acreditaram ter servido com uma pessoa gay ou lésbica afirmaram que este facto não teve impacto na moral ou na eficácia das suas unidades.