No mês passado Vladimir Putin aprovou uma lei que tem tanto de homofóbico como de aplicação imprecisa no contexto dos Jogos Olímpicos de Inverno.
A lei proíbe a propaganda do comportamento homossexual, ou se preferirem a promoção de relações sexuais “não tradicionais”,junto de jovens. Mas o simples fato de um atleta poder dizer numa qualquer situação que olha as relações homossexuais como sendo normais pode incorrer num crime punível com multa ou mesmo prisão.
Perante isto o comité dos Jogos Olímpicos encetou conversações com o Kremlin de quem obteve garantias de que a legislação vigente não afectará os atletas de participar nos jogos.
Mas esta garantia não é muito clara quanto à sua eficácia e ficou ainda menos clara quando o Ministro do Desporto Russo, Vitaly L. Mutko, disse “ninguém está a proibir um desportista com uma orientação sexual não tradicional de chegar a Sochi, mas se ele sair para a rua e fizer propaganda será responsabilizado por isso, mesmo sendo um atleta quando chega a um país ele deve respeitar as leis desse país”.
Estas novas lei têm tido o alto patrocínio da igreja ortodoxa, fé da qual Vladimir Putin é devoto. O patriarca Kirill I disse que a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo era um anúncio perigoso do apocalipse.