O homem, cuja identidade foi protegida para sua própria segurança, disse à France 24 que ele conseguiu escapar de um dos campos de concentração montados pelas autoridades.
Ele explica que a polícia disse aos pais de gays para "resolver isso" ou senão as autoridades iriam tratar do assunto.
Segundo o relato ao canal:
Eles dizem aos pais para matarem os seus filhos gays. "Ou você, ou nós." Dizem que estão "Limpando a sua honra com sangue"
Na semana passada, notícias locais informaram que mais quatro campos de concentração tinham sido descobertos, aumentando para seis as prisões onde homens gays e bi estarão a ser detidos e torturados.
Sempre fomos perseguidos, mas nunca assim. Agora eles prendem todos. Eles matam pessoas, fazem o que querem.
Um porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin, afirma que não há provas dos ataques. Dmitry Peskov, secretário de imprensa de Putin, afirmou que os investigadores não encontraram nenhuma evidência para apoiar relatórios de purga, de acordo com a Associated Press.
A líder da Alemanha, Angela Merkel, desafiou Putin frente a frente, pedindo que ele investigue realmente os abusos relatados.
Também o vice-secretário de Relações Exteriores da Grã-Bretanha, disse que, segundo as informações disponíveis, o presidente da Chechênia, Kadyrov, queria a eliminação de gays na região antes do Ramadão.
Editores do jornal russo Novaya Gazeta, que expuseram os abusos dos direitos humanos, dizem que temem que "todo o pessoal" no jornal esteja em sério risco após a revelação. A equipa do jornal informou que centenas de gays haviam sido detidos e alguns mortos na região da Rússia.