Casais do mesmo sexo em que um dos elementos é estrangeiro vivem a equação de acabarem a relação que tem, ou continuá-la à distancia, ou os dois abandonarem o país para poderem manter-se juntos.

Enquanto a lei permite com relativa facilidade que os casais de sexo oposto obtenham o “Green Card”, no caso de um dos cônjuges não ser americano, a mesma lei impede que o mesmo aconteça com os casais do mesmo sexo.

Assim os casais homossexuais binacionais são assunto em Washington na revisão das leis de imigração. Obama apresentou um projecto no mês passado onde se comprometeu a dar direito de os casais do mesmo sexo que façam prova de terem uma relação possam solicitar o Green Card.

O “Green Card” é o documento que prova que um cidadão imigrante está legal nos EUA.

O Supremo Tribunal Federal vai em Março iniciar um conjunto de audiências com vista a esclarecer a definição de casamento. A possibilidade de alteração da lei do casamento enfrente grande oposição por parte dos republicanos, mas pesquisas recentes mostram que os americanos estão cada vez mais favoráveis à igualdade para gays e lésbicas, tornando possível o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Os republicanos desvalorizam a inclusão dos casais do mesmo sexo no debate sobre a reformulação da lei da imigração, assim como a avaliação da lei do casamento, apresentando maiores preocupações com a possibilidade de vir a legalizar-se cerca de 11 milhões de imigrantes ilegais nos EUA

A directora executiva da igualdade para a imigração, Rachel B. Tiven diz "um casal hétero a viver nos EUA pode pedir o green card com base na sua relação, os casais do mesmo sexo simplesmente não podem".

O plano de Obama é o primeiro a envolver casais do mesmo sexo num debate para alteração da legislação sobre imigração. Porta-voz da Casa Branca disse que "o presidente sempre defendeu que os americanos com parceiros do mesmo sexo de outro país não devem ser confrontados com a escolha dolorosa de decidir entre ficarem no seu país ou viver separados dos seus companheiros".