Num comunicado divulgado esta tarde, o Vaticano afirma que recebeu "com amargura" a organização, em Jerusalém, de "uma dessas 'manifestações da soberba homossexual'".
O Vaticano "exprime a sua mais viva desaprovação de uma iniciativa que constituirá um grave afrontamento aos sentimentos de milhões de judeus, muçulmanos e cristãos", porque a cidade tem "um carácter sagrado" e "exige que a sua convicção seja respeitada".
Na nota, a Santa Sé sublinha ainda que "o direito à liberdade de expressão é submetida a justas limitações, em particular quando o exercício desse direito ofende os sentimentos dos crentes".
Nesse sentido, espera "que a questão seja reconsiderada", tendo já a nunciatura apostólica em Israel notificado o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita da posição do Vaticano.
O desfile do Orgulho Gay em Jerusalém foi autorizado no domingo passado pelo procurador-geral do Estado de Israel, Menahem Mazuz, apesar das reacções críticas à realização do evento.
O responsável ultra-ortodoxo do município de Jerusalém, Uri Lupolianski, foi agredido ontem à noite por ultra-ortodoxos que se opõem à realização da manifestação.