Num dia algo tórrido, que terá levado a uma menor participação mas, também o fato de haver outros eventos a acontecer no mesmo momento deixou este ano a MOP pelo número simpático, mas limitado, de cerca de cinco centenas de participantes, dados da organização.

Focada na austeridade a marcha deste ano quis alertar para o fato de ser nestas alturas mais complicadas em termos económicos que as questões sociais e dos direitos humanos são negligenciadas e colocadas em segundo plano. E neste processo aumenta a probabilidade de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgéneros e Transexuais serem alvo de discriminações específicas.

Dizia um elemento do Caleidoscópio LGBT que se marchava não só por alcançar novos direitos ainda negados mas para preservar aqueles que já foram conquistados: "ainda há muitas pessoas LGBT que nos dias de hoje são vitimas de LGBTfobia" disse Paula Antunes reforçando que "faz por isso todo o sentido continuar a marchar".

Nos discursos também se falou, entre outros temas, das múltiplas formas de agrupamento familiar incluindo a lei que proíbe a adopção por casais do mesmo sexo. Mas o tema principal dos discursos acabou por ser também o tema principal da marcha, e do momento: a austeridade e as consequências sociais da mesma.

A marcha foi organizada pelo Grupo de Intervenção Solidário, Associação José Afonso, PolyPortugal, OpusGay, Juventude Socialista, Colectivo In(Sub)Missão, Panteras Rosa, Marcha Mundial das Mulheres, União de Mulheres Alternativa e Resposta, PortugalGay.pt, Caleidoscópio e Bloco de Esquerda. Teve também a participação visível do Grupo Transexual Portugal, a Associação Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual e do PortoGay.org além de muitos ilustres anónimos que se juntaram à inciativa.

Um pequeno grupo da Galiza também se fez representar, assim como diversos organizadores da primeira Marcha pelos Direitos LGBT de Braga que se realiza no próximo sábado dia 13 de Julho.

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