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VIH/SIDA

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Publicado em 4 Julho 2024 0:2 (23:2Z)



VIH/SIDA
Factos sobre o Vírus da Imunodeficiência Humana

Informação básica



A Síndroma da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) é uma Doença Sexualmente Transmissível (DST) sendo a fase final da infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH).

Este vírus ataca as células responsáveis pela protecção do corpo a infecções destruindo o sistema imunológico. É esta falta de protecção que leva à morte devido a doenças oportunistas se não for realizado tratamento contra o VIH.

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Como se transmite?



O VIH pode ser transmitido pelo sangue, sémen e outros fluidos humanos. A via mais comum de transmissão é o sexo anal ou vaginal desprotegido e a partilha de utensílios infectados com sangue. Também é possível o contágio durante o sexo oral.

Atualmente os testes reduziram a possibilidade de transmissão em meio hospitalar (sangue e produtos derivados) a zero nos países desenvolvidos.

O vírus não se transmite através do contacto social do dia-a-dia incluindo o beijo e utilização normal de utensílios de cozinha.

No caso de uma picada (pessoal de saúde) os riscos de infecção são aproximadamente de 30% para a hepatite B, 3% para a hepatite C e 0,3% para o VIH. A aplicação de PEP (Profilaxia pós-exposição) reduz este risco ainda mais.

Quais os sintomas?



Embora a infecção seja muitas vezes acompanhada de sintomas como febre ligeira e dores de cabeça os mesmos são normalmente demasiado suaves para serem tomados em conta.

Alguns sintomas que podem só aparecer passados muitos anos depois da infecção inicial incluem perda de peso sem explicação aparente, infecções recorrentes, náuseas, problemas intestinais, aumento persistente dos gânglios linfáticos.

O VIH é diagnosticado através de testes que detectam a presença de anticorpos no sangue. A detecção de anticorpos no sangue pode não ser possível mesmo após 6 meses da infecção. Este teste pode ser pedido pelo médico assistente, mas também podes recorrer aos serviços gratuitos dà rede pública de centros de testes anónimos ou ainda à rede rastreio de testes rápidos, também gratuitos, da responsaiblidade de organizações civis.

Quando se tem razões para acreditar que se pode estar infetado (e.g. comportamento de risco) deve-se fazer o teste assim que possível. No caso de uma pessoa estar infetada, quanto mais cedo souber o resultado, melhor qualidade de vida terá sob tratamento.

O VIH é um problema grave?



Sim. Se não for iniciado atempadamente o tratamento adequado o indivíduo infectado costuma morrer passados alguns anos devido a infecções oportunistas ou cancros que atacam devido à inexistência de defesas do organismo na fase avançada da doença. Os tratamentos actualmente existentes não são, mesmo assim, uma garantia de isenção de problemas além de originarem em alguns casos graves efeitos secundários.

Como se trata o VIH?



Neste momento o tratamento mais comum consiste na combinação elementos antiretorvíricos (eventualmente combinados num único comprimido) de forma a atacar o VIH em diferentes fases da sua replicação. É essencial manter a regularidade do regime selecionado e não falhar as tomas de forma a evitar o desenvolvimento de resistência do VIH e consequente falha no tratamento.

A evolução da infecção é controlada testando não só o estado do sistema imunológico como também a presença de vírus no sangue. Se bem que os tratamentos actuais consigam limitar o número de partículas víricas no sangue a valores muito reduzidos (estado indetetável) isto não significa que o VIH não se encontre em grandes quantidades em outros locais do corpo.

Os últimos estudos indicam que a probabilidade de transmissão por via sexual é, para todos os efeitos práticos, nula para pessoas que estejam indetetáveis.

Existe alguma vacina?



Neste momento ainda não existe uma vacina para o VIH, mas existe um tratamento que tem-se revelado muito eficaz a evitar o contágio.

A PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) consiste na toma de um comprimido diariamente por pessoas que possam estar em risco de exposição ao vírus. Esta medida permite diminuir a probabilidade de transmissão para praticamente zero. Os efeitos secundários da PrEP são mínimos para a maioria das pessoas, mas é importante uma avaliação médica específica antes de iniciar um possível tratamento, que está disponível no sistema nacional de saúde em Portugal.



Existe algum tratamento pós-exposição?



Sim! A PEP (Profilaxia Pós-Exposição) tem demonstrado ser extremamente eficaz na prevenção da infecção pelo VIH quando iniciada nas 72 horas após uma situação de possível exposição (e.g. picada por objecto com sangue possivelmente contaminado, rompimento de preservativo durante sexo, etc.). O ideal é iniciar o tratamento o mais cedo possível. Se é VIH- e teve uma situação de possível exposição (e.g. preservativo rompeu-se quando tinha sexo com alguém que não sabe se é HIV+ ou HIV-) então deve-se dirigir à urgência hospitalar, explicar a situação e exigir o início do tratamento.

O tratamento pode ter efeitos secundários que serão explicados pelos profissionais de saúde.

Como evitar o contágio?





  • o uso de preservativo (feminino ou masculino) é uma forma, mas não 100% segura (devido a quebra no preservativo), de evitar o contágio

  • a toma regular de medicação específica anti-VIH por pessoas VIH-, conhecida como PrEP, tem demonstrado ser extremamente eficaz em evitar o contágio através de relações sexuais

  • os dados mais recentes indicam quanto a terapia anti-VIH torna o vírus indetetável em pessoas VIH+ reduz de forma extrema a possibilidade de transmissão do vírus para terceiros em relações sexuais

  • no caso de sexo oral, evitar o mesmo quando existam lesões na boca e a ejaculação para a boca do parceiro. O uso de preservativo nesta situação é uma segurança adicional.

  • tenha cuidado com a partilha de utensílios que possam estar contaminados com sangue ou sémen infectado

  • fale sobre as DSTs com o seu parceiro

  • fale acerca da suas intenções de ter sexo protegido (preservativo masculino ou feminino)

  • sugira um teste a várias DSTs para ambos antes de terem relações sexuais (lembre-se, no entanto, que existe um período que varia de dias até 6 meses em que muitas DSTs não são indentificáveis num teste embora estejam presentes)



  • Notas:
    Estes documentos são apresentados a título meramente informativo e não dispensam o conselho do seu médico.
    Esta informação foi recolhida de várias fontes na Internet, consulte a página de links para mais informação
    Informe-se e informe o seu parceiro sobre as DSTs, use sempre um preservativo, evite o sexo anónimo, limite o número de parceiros sexuais.
     
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