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Aberto
Poesia

Manuel Francisco Moura (4/7)

Sem Título

Quisera colher os frutos, a grana, a falsa e sincera glória de ter chegado lá
Mesmo não sabendo onde fica tal lugar

Quisera contar com amigos antigos, que se foram, morreram
ou desistiram de mim

Quisera nascer de novo, cantar ao povo
Minha solidão
Ah, como quisera

Quisera sentir o aroma de Deus,
Não o incenso, divino
Desconhecido
Aroma do paraíso,
humano até

Sinto apenas
Cheiros podres
De pessoas podres
Cheiro da morte;
Bom senti-lo
Ainda vivo

 

02/02/1995  

 

 

Manuel Francisco Moura
manoelfmoura@uol.com.br



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