Agora, A. O. B. P., que nasceu num corpo biologicamente feminino, será oficialmente tratado pelo seu nome masculino, com o qual é conhecido desde a adolescência. A decisão foi divulgada pelo Grupo de Ayuda a Hombres Transexuales (GAHT), uma organização sem fins lucrativos que oferece orientação para os homens transexuais de forma gratuita, enquanto procura divulgar e visibilizar esta realidade, informando e educando a sociedade.
A decisão favorável demonstra que o pedido de rectificação inicial, planeado e escrito pelo GAHTt é totalmente eficaz. Devido às precárias condições económicas da maioria das pessoas transexuais, o GAHT realizou uma intensa pesquisa sobre a jurisprudência internacional, a fim de facilitar a vida das pessoas trans, que não têm dinheiro para pagar a um advogado.
No Chile, as leis de Registo Civil autorizam a rectificação do nome na certidão de nascimento, mas não fazem nenhuma referência ao género ou ao sexo da pessoa, deixando a sentença ao juiz encarregue do caso.
Lukas Berredo, coordenador do GAHT disse que "o nosso país deve ter uma legislação específica que dê cobertura e segurança jurídica às pessoas transexuais, alterando a atribuição do sexo que está em conflito com a sua identidade, sem necessidade de cirurgia genital". O documento está no site www.gaht.cl à disposição da comunidade.