Este brutal caso de transfobia foi denunciado pelo Movimiento de Integración y Liberación Homosexual (Movilh) ao Mineduc e à Dirección de Educación de la Municipalidad de Santiago.
Apoiado pela família e pelo Movilh, um estudante de 16 anos, F. E., do liceu A-14, Libertador General José de San Martín, no município de Santiago, denunciou episódios violentos e a discriminação sofrida por ter uma identidade de género masculina.
A 4 de Julho, 4 colegas atacaram-no perto do Metro Toesca, deixando-o com graves lesões físicas e psicológicas. "Fui atingido nas costas, rosto, braços e pés. Eles bateram-me no chão até se cansarem. Disseram-me que me iam tornar numa mulher e violaram-me", relatou, com lágrimas nos olhos o aluno que tem sido sempre apoiado pelos pais e irmãos.
Os acontecimentos agravaram-se ontem, quando um amigo dele foi ameaçado de morte, nas proximidades do liceu, por outros alunos. "Só porque é amigo de uma pessoa transexual foi ameaçado, ficando com um medo paralisante e a chorar, pelo que junto com a família decidimos apresentar uma queixa junto da polícia," afirmou o presidente do Movilh, Rolando Jiménez.
Os pais precisaram que os problemas iniciaram-se em Junho passado, "o inspector-geral da escola, sem o nosso consentimento, visibilizou perante alunos a identidade de género do nosso filho. Assim, inteiraram-se todos e os ataques psicológicos começaram e culminaram com as agressões físicas a 2 de Julho."
"uma das coisas que mais me causou dor, foi uma amiga de quem gostava ter sido transferida de escola, apenas porque mantinha uma relação amigável comigo. Ela sempre soube que eu sou transexual, mas quando da divulgação pelo inspector-geral, os seus pais decidiram transferi-la."