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Sábado, 26 Novembro 2011 12:44

ESPANHA
Mulheres transexuais incluídas na violência de género



PortugalGay.pt

De Espanha chega-nos a notícia que a Fiscalia General del Estado, para acabar com as interpretações erradas que deixam de fora as mulheres cuja documentação ainda não corresponde ao género assumido, emitiu um parecer que inclui especificamente as mulheres transexuais na Lei de Violência de Género.


A Fiscalia reconhece assim que a violência machista de um homem sobre a sua companheira, quando esta fôr uma mulher transexual, é violência de género, independentemente do sexo com que a vítima tenha nascido.

A federação Estatal de Lésbicas, Gays, Transexuais e Bissexuais, FELGTB, em comunicado, congratulou-se com a inclusão específica das mulheres transexuais no âmbito das protecções da Lei de Violência de Género.

“Celebramos que a Fiscalia reconheça a necessidade de protecção das mulheres, de todas elas, também das transexuais, quando a violência de que são vítiimas vem de um homem numa posição de poder que se estabelece no seio da relação”, afirmou Mar Cambrollé, coordenadora da Área de Transexualidade da FELGTB, acrescentando o pedido “Esperamos que também os meios de comunicação sejam capazes de reconhecer que as mulheres transexuais são mulheres, e deixem de nos tratar no masculino”.

António Poveda, presidente da FELGTB, insistiu que “temos que continuar a trabalhar para que se eduque na diversidade e se compreenda e entenda e reconheça a realidade das pessoas transexuais, bem como do resto do colectivo LGTB. Uma educação em igualdade e respeito é a melhor garantia para se conseguir uma sociedade que lute unida contra o machismo e o derrube”.

A associação Ocho de Marzo de Sevilha também se juntou ao reconhecimento da FELGTB e pediu a Mar Cambrollé que lesse ontem (25) o Manifesto Contra a Violência de Género.

Em Portugal, esta data, 25 de Novembro, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, foi comemorada com uma marcha em Lisboa, do Largo do Camões até ao Rossio, que se iniciou pelas 17h30m e contou com o apoio de 60 organizações, associações e partidos políticos. Organizada pela UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta, pela ComuniDária - Associação de Integração de Migrantes e Minorias Étnicas e pelo movimento SlutWalk Lisboa, a marcha contou com o apoio e presença de elementos do Grupo Transexual Portugal e da Ilga-Portugal como representantes da comunidade transexual portuguesa.

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