O International Court System e a National Gay and Lesbian Task Force esperam conseguir alterar isso a 25 de Junho nas comemorações do 40º aniversário da revolta que marcou o nascimento dos movimentos LGBTT modernos. As duas organizações dedicarão uma cerimónia no bar de New York onde inaugurarão uma placa com os nomes de 40 heróis transgénero.
A placa ficará à vista no bar onde os visitantes poderão reconhecer alguns nomes inscritos, entre eles Gunner Scott, director do Massachusetts Transgender Political Coalition (MTPC); Grace Sterling Stowell, directora executiva da Boston Alliance of GLBT Youth (BAGLY); a sempre activista Nancy Nangeroni, ex-presidenta da International Foundation for Gender Education (IFGE) e ex-"co-host" da GenderTalk Radio, hoje na GenderVision; e Cole Thaler, membro fundador da MTPC, hoje advogado de direitos transgénero na nova-iorquina Lambda Legal.
Nicole Murray-Ramirez, uma veterana activista em San Diego que preside ao International Court System, disse que criou a lista para se assegurar de que as pessoas se lembrarão da história das pessoas T. Lembra a este propósito que anos antes de Harvey Milk foi José Júlio Sarria, Drag Queen, que mais de dez anos antes, concorreu, embora sem sucesso na altura, ao San Francisco Board of Supervisors assumindo-se abertamente gay em 1961, sem no entanto aparecer como Drag.
"Foi muito difícil, e estes não são todos os heróis da comunidade transgénero, mas são alguns dos nossos heróis, e de maneiras diferentes" afirmou Murray-Ramirez.
Russell Roybal, director executivo das relações externas da Task Force, que também assina a lista, afirmou que "essa foi a razão principal para a feitura da lista. Para reconhecer à comunidade transgénero o seu papel catalizador na ignição dos movimentos modernos".
Scott afirmou também que muitas nomeações são exemplos de como os Stonewall Riots não foram maioritariamente liderados por homossexuais brancos, como muita gente pensa hoje em dia, e que a comunidade transgénero não é uma adição recente aos movimentos pelos direitos LGBTT.
Nangeroni sente-se honrada por estar na lista, mas afirma que "Transexuais post-op (operadas) fizeram muito trabalho para a comunidade LGBTT e sofreram também muita discriminação, portanto em seu nome aceito e agradeço o reconhecimento dos seus esforços".