Pelo menos 600 pessoas de diversos países da América Central e América do Sul efectuaram uma mobilização que teve o seu ponto alto no V Forúm Latino-americano e do Caribe sobre VIH/SIDA.
Os manifestantes identificaram-se como trabalhadoras sexuais, travestis, homossexuais, transexuais e lésbicas de diversas organizações latino-americanas.
"Nós não somos prostitutas, somos trabalhadoras sexuais e exigimos que se respeitem os nossos direitos", disse a argentina Elena Reynaga, da Red de Mujeres Trabajadoras Sexuales de América Latina, que reúne 70 organizações de 17 países latino-americanos.
Reynaga afirmou também que nas sociedades da América Latina existe "uma grande hipocrisia" porque existe muita gente que procura sexo, mas que no entanto, discrimina as mulheres que se dedicam a essa profissão.
Haydé Laín, da organização Orquídea del Mar, de El Salvador, fez notar que a manifestação procurava dar visibilidade aos problemas que têm e denunciou que na América Latina cometem-se abusos contra as mulheres e que, em muitos casos, estes abusos acabam em assassínios que ficam impunes.