O colectivo transexual é um dos que sofre um maior indice de discriminação e exclusão social e um alvo preferencial da violência e penalização em muitos países que compõem esta sociedade global.
Há anos que este colectivo vem actuando na defesa dos seus direitos legais, sociais e na saúde, como parte integrante do colectivo LGBT e outros movimentos sociais. Assim se conseguiram algumas vitórias. No entanto é obvio que continua a ser o colectivo em pior situação depois destes anos de intenso trabalho, padecendo ainda de graves deficiências, tanto no que se refere a atenção por parte dos governos, como na sociedade, como o comprovam os resultados do recente estudo realizado pela Universidad de Málaga, bem como pelo observatorio de la transexualidad da Cataluña.
Foi por uma questão de maturidade que as organizações de pessoas transexuais se consolidaram, desenvolveram um discurso próprio, um conjunto pessoal de ideias e planos de acção próprios do seu colectivo, encontrando maneiras de articular colaborações e falar ao mundo com voz própria.
Assim, no Sábado 19 de Maio, juntaram-se organizações trans de distintas comunidades autónomas para se constituir a Federación Estatal de Transexuales. Os seus objectivos serão a melhoria das condições sociais e sanitárias das pessoas transexuais, bem como a promoção do reconhecimento e a consolidação dos seus direitos, nascendo assim com a intenção de ser porta-voz de um dos colectivos mais marginalizados pela discriminação cissexista, pela violência e pela exclusão.
A iniciativa contou com o apoio de Juan Sebastián Mateos da Dirección de la Oficina de Derechos Humanos del Ministerios de Asuntos Exteriores, de Alberto Hidalgo, coordenador nacional da Aleas-IU e Yolanda Besteiro, presidente da Federación Nacional de Mujeres Progresistas. Contou também com os apoios da deputada Carmen Montón do PSOE, Ascensión de las Heras, deputada do IU; do secretário geral da UGT, Cándido Méndez; do secretário geral do CC OO, Ignacio Fernández Toxo e da deputada do PSOE na Asamblea de Madrid, Carla Antonelli.
Foram elegidos como comissão executiva da FET a activista sevilhana Mar Cambrollé, ex coordenadora da Area de Transexualidad da FELGTB, presidente da Asociación de Transexuales de Andalucía e presidente da Coordinadora Girasol LGTB del Sur; como secretária, a activista catalã Marta Salvans, secretária da Tranz&people e coordenadora da Plataforma por la Identidad Sexual (PISDIC); como tesoureira, a activista e presidente da Fundación por la Identidad de Género Andrea Planelles, e como vogais Zam Cifuentes, presidente de Tranz&people; Iván Garde, presidente de Ilota Ledo, Cristina Ibáñez, presidente de Transifam e Alexa Montesdeoca, presidente de Aperttura.
Em comunicado a ALEAS IU (Área de Libertad de Expresión Afectivo Sexual de Izquierda Unida) saudou a constituição da FET